Saúde: Poucas Novidades (menos do que eu gostaria!)

Ontem, 6a.feira, 18/02, peguei o resultado do BHCG e me animei: caiu para uns 96... Mesmo sabendo ainda estar alto pensei que era um bom sinal. Em seguida foi a vez do ultrassom: frustrei-me! Ao contrário do que eu esperava e imaginava, estava tudo na mesma. Mesmo lugar, mesmo tamanho, mesmas medidas... Porém com a presença de mais liquido e sangue. Daí o porque de eu ainda estar tendo sangramento e sentindo muito mais dor nestes últimos dias. As palavras do médico do ultrassom não foram nada animadoras: corta logo essa barriga e acaba com isso de uma vez, moça!. Depois veio a consulta com minha médica, Dra. Yula, que me encaminhou para o Vila da Serra. Disse que esperou o que pôde, mas tá tudo na mesma, então tem que tirar mesmo! Me mandou para um médico Dr. João alguma coisa... Lá do Vila. A cirurgia ficou para 3a. feira, que é o plantão do tal.

Antes de voltarmos para Betim, no fim do dia, paramos no Boulevard Shopping, que fica ali no Santa Efigênia mesmo, próximo a região hospitalar. Convenci meu marido a aproveitarmos e assistirmos um filme. Cisne Negro foi a escolha. Abaixo, nossa ida ao cinema e minhas impressões sobre o filme. Antes, termino contando que chegando de volta a Betim fomos direto para a casa da Kelly loira buscar a criançada: Lucas, Ana e Teo. Em casa, rodada de pizza para todos e... cama! (Téo custoooooooooou a dormir!).

O FILME

Chocada. Choque e encantamento foram os sentimentos que me invadiram quando deixava o cinema após o filme Cisne Negro. No carro, na volta, o silêncio de uma alma incomodada.

Quantos questionamentos. Quantos confrontos. Quantas reflexões.

Uma garota se exigindo ser perfeita. Exigência que impede o alcance pleno da perfeição.

Uma mãe zelosa, sufocante, reprimente.

Busca na realização da filha a compensação de suas próprias frustrações.

A tormenta psicológica - fruto das exigências pessoais, das repressões comportamentais e sexuais e do controle materno : o duelo da essência meiga e da essência feroz; do ingênuo e do perverso; do belo e do feio; do frio e do quente;  do branco e do preto.

Ah Freud... Estamos sempre te dando a mão à palmatória: No comportamento sexual,  a  raiz de todos os demais distúrbios!

Impossível assistir um filme desses sem encarar os cisnes brancos e os cisnes negros de cada um de nós!

Eis o porque de, muito além da fotografia, da produção, da história em si e atuação esplendorosa da Natalie Portman (me angustio só de lembrar de seu olhar angustiado. Que lhe venha o Oscar de melhor atriz!), sairmos deste filme denso, belo e pesado até, em estado de choque, confusão e tensão.

Se você se sente preparado para tanto, vá ao cinema e confira. Se não, escolha um tema light e saia solto, leve e feliz. Isso não te ocorrerá em CISNE NEGRO.