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terça-feira, 24 de maio de 2011

Tio Silas!

Hoje fiquei em estado de choque quando atendi o telefonema do meu irmão. Geu me ligava com tom de voz abatido e me dava a mais triste das notícias: "-Tio Silas..." foi tudo o que ele disse. O suficiente para eu entender o restante da frase silenciada pela dor - como se evitar a verbalização a amenizasse de algum modo.

É inacreditável, mas é verdade: Tio Silas se foi!
Foi encontrar-se com Aquele em quem creu; a quem amou e serviu toda a sua vida.

O aperto é grande.
A saudade será feroz.

Não estamos falando de um qualquer, mas do tio Silas. O próprio!
O tio da gente;
O irmão de nossos pais ou mães;
O paizão de nossas primas;
O vovô de nossos primos;
O substituto do vovô Silvério em muitos de seus projetos;
O amigo;
O contador de histórias à luz do lampião, na grande copa da coférias - na infância de muitos de nós;
O contador de anedotas da família - várias registradas em livros;
O conselheiro;
O mestre;
O "pastor";
O conciliador;
O escritor;
O poeta;
O professor.
Ah... o querido PROFESSOR SILAS!

Meu outro irmão, o Dani, compartilhou comigo que estava pensando em homenagear o tio Silas no próximo congraça; honrando-lhe publicamente pelo o que ele tem sido e representado na familia - um esteio no meio dos leiteca. Mas tal menção honrosa já não mais poderá ser recebida por ele...

Tio Silas se foi!
Está com o Senhor e nos deixará grandes saudades.

Dormiu o sono dos justos.
Até sua morte foi tratada por Deus com a deferência que sempre mereceu:
Gozava a mais doce paz, na bela casinha que construíra na terra de suas origens - lugar que tanto amou, cercado pela natureza e serra de sua infância... Fazia o que mais gostava: escrevia! Ouvi comentários não confirmados de que assentado na cadeira, em seu pequeno paraíso, redigia seus escritos quando adormecera o sono que o faria despertar na Casa do Pai Celestial.

E foi assim que o tio Silas nos deixou!

Dor e falta serão grandes, mas não maior do que para sua casa: esposa, filhas e netos.

À vocês, filhas:
Ida Márcia, Patrícia e Valéria - objetos do amor maior do tio Silas, e a todos os seus:
dedicamos o nosso carinho, consideração, condolências e amizade.
 
Que na dor da saudade, repouse a tranquilidade da certeza de que nestes 80 anos o tio Silas viveu e morreu com honra e dignidade e fez diferença em sua geração. É para todos nós UM GRANDE EXEMPLO E REFERENCIAL A SER SEGUIDO.

Abraço fraternal da sobrinha

Suzana Leite Fonseca
Outono de 2011

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